Quando o prefeito Jorge Pozzobom (PSDB) assinou o decreto reajustando a passagem de ônibus, na metade de abril deste ano, ele fez exigências às empresas de ônibus da cidade e deu um prazo de 90 dias para elas apresentarem alguns estudos de melhorias.
O primeiro dos itens foi cumprido, que é permitir que estudantes façam cadastro online para evitar as longas filas no início de cada semestre. Porém, o prazo para apresentar outros estudos encerrou na semana passada, mas a Associação dos Transportadores Urbanos (ATU) pediu prorrogação devido à complexidade das tecnologias.

Um dos estudos exigidos por Pozzobom é para ver custos e prazos para instalar GPS em todos os ônibus para futura implantação de um sistema com aplicativos de celular que informe aos usuários quanto tempo levará para o coletivo chegar até a parada onde a pessoa está. Outro estudo cobrado é para apresentar o custo para implantar a venda de passagem via internet, permitindo o pagamento via cartão de crédito, de débito ou boleto bancário.
Segundo Edmilson Gabardo, diretor da ATU, foi preciso pedir mais prazo para entregar os estudos porque empresas que oferecem esses aplicativos com GPS nos ônibus ainda não haviam conseguido apresentar um produto adequado às necessidades de Santa Maria e não entregaram orçamentos.
A ATU pretende, sim, implantar o sistema, mas para que ele seja mais útil à população, o ideal é ter um programa que consiga se interligar com a catraca eletrônica para saber, em tempo real, se os ônibus estão lotados ou não e em que horários e trechos ficam mais cheios. Só que as empresas de TI atuais ainda não têm um sistema que faça isso e precisarão desenvolvê-lo.
– De nada adianta saber onde está o ônibus na cidade se a gente não sabe, por exemplo, se ele está cheio ou não – diz Gabardo, ressaltando que é mais fácil usar aplicativos para informar aos usuários da localização dos ônibus, pois a instalação de painéis eletrônicos nas paradas têm um custo bem maior.